Para enxergarmos qualquer coisa que seja, dois fatos são essenciais: 1º, que nossos olhos estejam abertos e 2º, que haja luz!.  A partir daí, todo um sistema composto pelos olhos, nervos ópticos, vias ópticas e córtex visual entram em ação instantaneamente para nos trazer a percepção visual de tudo o que está a nossa frente e que nos rodeia.

O mecanismo da percepção visual se inicia pelos olhos. A luz atravessa a córnea, que é a primeira lente do olho e possui grau fixo (varia para cada pessoa entre 39 e 48 graus ou dioptrias), que converge essa luz para a pupila. A pupila é o orifício no meio da íris, que por sua vez é a “parte colorida” dos olhos; sua função é a de regular a entrada de luz no olho: quanto menos luz no ambiente, mais dilatada fica a pupila.

Logo atrás da pupila está o cristalino, a segunda lente do olho, cujo grau (dioptria) é variável: altera de acordo com a distância entre o olho e o objeto que se quer enxergar. Sua função é fazer o foco do objeto que estamos olhando, na retina.

A retina é um tecido bastante complexo na sua estrutura: sua função é processar a luz e transformar toda a sua gama de cores, contrastes e demais características em estímulos elétricos, que por sua vez são conduzidos pelos nervos ópticos e pelas vias ópticas até o córtex occipital (visual), que é a parte do cérebro que processa e “traduz” estes estímulos a fim de trazer à consciência a percepção visual. Podemos dizer, então, que quem enxerga não são nossos olhos e sim, nosso cérebro.